sexta-feira, 8 de abril de 2011

FATOS HISTÓRICOS

A poucos anos do ano 2000 o mundo se depara com uma incógnita: O aquecimento do globo terrestre a proporções catastróficas. Haverá uma saída para a espécie humana?

Estado de Minas, 11 de agosto de 1998
Terça Feira

CALOR BATE RECORDE DE 118 ANOS EM JULHO


                Al Gore alerta que altas temperaturas vêm sendo superadas a cada mês e que julho foi o mês mais quente da história

                “Julho foi o mês mais quente no planeta desde que o ser humano começou a medir as temperaturas de modo confiável, 118 anos atrás. Se nada for feito, vamos sofrer ainda mais no futuro com esse desastre contra a natureza, pois existem evidências cada vez maiores de que estamos aquecendo perigosamente nosso planeta”
                Essas palavras foram pronunciadas ontem  à tarde, na Casa Branca, pelo vice-presidente dos Estados unidos da América Al Gore.
                O pronunciamento de Gore foi dramático e ele não mediu suas palavras, como costuma acontecer nos pronunciamentos oficiais do governo a respeito do assunto. De acordo com os novos dados compilados pela Administração Nacional dos Oceanos e Atmosferas, a temperatura global média no planeta em julho foi de 16 graus centígrados, isto é, 1.26 graus mais alta do que as temperaturas médias em julho nos últimos 118 anos e 0.45 grau centígrado mais alta do que a de julho de 1997, que havia sido o recorde histórico.
                Gore advertiu que as ondas de calor, secas, tempestades poderosas e enchentes que estão atacando parte dos Estados Unidos e do mundo este ano “ficarão piores se não forem controladas as emissões de gases que  provocam o Efeito Estufa”.
                “Nem é preciso ser um cientista para saber o perigo que representa o calor deste verão”, comentou, citando o Estado do Texas, que teve temperaturas de mais de 40 graus centígrados durante 29 dias  seguidos este ano. Além disso, violentas enchentes, tempestades e tornados atingiram o Meio-Oeste e outras partes do país.
                Os recordes de altas temperaturas vêm sendo batidos a cada mês, desde janeiro deste ano. “Agora”, advertiu o vice-presidente americano, “quando estamos quebrando o recorde a cada mês, durante 7 meses seguidos, é realmente difícil ignorar o fato de que alguma coisa está acontecendo, e de que essa coisa é o aquecimento global”.
                “Nos sabemos o que fazer. Será duro, mas podemos fazer algo a respeito. Se não fizermos nada, então o que nós estamos vendo acontecer neste verão se tornará cada vez mais comum e cada vez pior”.
                O Efeito Estufa se agrava atualmente em virtude de dois problemas: o aumento das emissões de gases e a devastação das florestas. Além de provocar emissões imensas de dióxido de carbono, a destruição das florestas elimina as árvores, que são o principal instrumento para regular a concentração do gás na atmosfera do planeta.
                Com o Efeito Estufa, o calor que atinge a terra vindo do Sol, não consegue se dispersar, provocando o aquecimento global. a conseqüência mais terrível do aquecimento global é o derretimento do gelo em ambos os pólos terrestres, o que pode fazer o nível dos oceanos subir mais de 6 metros em poucas décadas.
                O Pacto de KYOTO, assinado em dezembro do ano passado pelos países industrializados, pede que todos os países reduzam as emissões de gases provocadores do Efeito Estufa até uma média de 5% abaixo dos níveis de 1990. O prazo dado pelo pacto é o ano 2010, mas agora parece que ele se tornou muito longo.

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